13 de janeiro de 2012

Original vs. Remake: A Hora do Espanto


A Hora do Espanto (Fright Night) é um dos filmes de terror adolescentes mais famosos da década de 80. Um longa vampiresco, misturado com alguns toques de comédia, virou um trash clássico. Um clássico que, recentemente, ganhou um remake bem mais moderno e recheado de efeitos especiais.

Então, para estrear a nova seção do nosso blog, Original vs. Remake, trago para vocês a comparação da obra cult A Hora do Espanto, de 1985, com o remake da obra, de 2011.




O Herói: Charley Brewster
Do original: Charley, na obra original, é um garoto comum, estudioso, que gosta de filmes de terror e que não tem muitos amigos, exceto Ed Thompson, mais conhecido como Evil, e Amy Peterson, que também é sua namorada (não sua, de Charley). Ele é o espelho da maioria dos garotos dos anos 80.
Do remake: Já no remake, Charley é um ex-nerd que conseguiu ficar “popular”. Cheio de amigos, e namorando Amy, a garota mais desejada da escola, ele deixa para trás seus amigos de infância, Ed, que agora ganhou Lee como sobrenome, e Adam Johnson, o personagem que morre antes de aparecer. O novo Charley foi reciclado, ficando mais "atual", mas parecido com o que vemos hoje em dia. 

Comentários: Apesar de ambos serem o mesmo personagem, são completamente diferentes, espelhando a época em que foram "criados".
O vampiro: Jerry Dandrige
Do original: Na obra original, Dandridge é um homem clássico dos anos 80: Roupas formais, misterioso, galã e simpático, porém, bem cínico. Todos sabem que ele é um vampiro (nem todos), mas ele continua fingindo que não é. Só dá as caras mesmo, no final do filme, o que faz com que o ar vampiresco (agressividade) perca um pouco da força. Sem contar que ele tem um capanga, que em alguns momentos o faz parecer imensamente gay.
Do remake: Aqui, no remake, Jerry é um safadão sedutor, que adora cerveja, e tem um genial e sarcástico senso de humor. Além disso, ele é agressivo de verdade, como um vampiro deve ser. Porém, ele é agressivo sem perder a sensualidade (afinal, sensualidade é a alma de um vampiro). E, em minha opinião, ele é bem mais sedutor que o Dandrige do original. Realmente o ator Colin Farrell conseguiu captar a verdadeira alma do vampiro na maneira de falar, de olhar, de agir. Uma interpretação perfeita. 

Comentários: Como todos sabem, nos anos 80 os vampiros não eram tão agressivos como os de hoje em dia. Logo, o vampiro com qual nos deparamos no remake é totalmente diferente do original. Eu, particularmente, prefiro o do remake, por ser um pacote completo: sensualidade, sarcasmo e agressividade. Mas, sem desmerecer a genial atuação de Chris Sarandon, obviamente.
O pseudo Van Helsing: Peter Vincent
Do original: O Pete do original é um velho ator solitário que está falindo na TV, onde ele interpreta um caçador de vampiros chamado Peter Vincent (que, por acaso, não é seu verdadeiro nome), em um programa chamado A Hora do Pesadelo (Fright Night), no estilo Zé do Caixão. Porém, na vida real, ele não acredita em vampiros.
Do remake: Já o Pete (que é seu verdadeiro nome) do remake é um hilário mágico ilusionista, bêbado e maravilhosamente sarcástico, que teve seus pais mortos por vampiros. Desde então, ele colocou na sua cabeça que o que ele viu foi só sua imaginação infantil, e passou a viver se escondendo. Mas, ao decorrer do filme, ele se arrepende de passar a vida fugindo, e resolve ajudar Charley, que foi o motivo de sua mudança. Ele também namora com Ginger, uma engraçada mulher latina.

Comentários: Sem dúvida alguma o Peter Vincent do remake é bem superior ao original. Tanto no senso de humor (que o original não tinha), quanto na trama em si. E cá entre nós, um personagem alcoólatra sempre melhora a história.
O amigo: Evil Edward Thompson Lee
Do original: O Evil Ed do original é um freak total, que apanhava na escola por ser diferente (o famoso bullying de hoje em dia), e que zoava todo mundo, o que chamamos hoje de troll lifestyle. Esse era um personagem visualmente cômico, mas como o roteiro era fraco, não tirava muitas risadas do espectador com suas “piadas”. 
Do remake: Já o Evil Ed do remake é um nerd ressentido por ter levado um pé do seu melhor amigo, e também é zoado na escola. Esse personagem, igual ao do original, também tem seus momentos de comediante, que apesar de poucos, fazem mais efeito do que o Ed do original. Porém, o Ed do original, como eu havia dito, é visualmente cômico, não precisando falar nada para fazer os espectadores rirem. Já o Nerd Ed, não tem nada de visualmente cômico, fazendo assim, o ponto ir para o Evil Ed do original.

Comentários: Apesar de o Nerd Evil ter contribuído um pouco mais para a história, analisando o personagem como um todo, o Evil Ed original é superior.
A namorada: Amy Peterson
Do original: Amy é uma garota comum (lê-se donzela em perigo), que é apaixonada por Charley, seu primeiro namorado.
Do remake: Amy é uma garota, quase mulher, que está no 3º ano do colegial. Diferente de Amy do original, ela é bastante segura de si, com iniciativa e mente extremamente mais adulta que a antiga Amy.

Comentários: Novamente duas personagens completamente diferentes, que contribuem para a trama de uma maneira totalmente diferente. E, novamente, ambas são o espelho de suas respectivas épocas.
A mãe: Judy Brewster
Do original: No original, Judy é uma mãe comum dos anos 80. Aparece só nas primeiras cenas do filme e não conta muito no desenrolar da trama.
Do remake: No remake, Judy está bem mais importante. Aparece por um bom tempo no filme, e conta muito no desenrolar da trama, afinal, é ela umas das pessoas que salvam Charley das garras do maligno vilão da história.

Comentários: Elas são bem parecidas, exceto no fato que a Judy do remake se sobressai um pouco mais na história.
O visual
Do original: O filme original conta com belas maquiagens típicas de filmes B, que realmente davam medo, pois, querendo ou não, era real.
Do remake: No remake, todos os efeitos são CG (ou a maioria). Claro que um bom efeito CG dá um grande empurrão no filme, só não concordo em usá-los quando eles não são necessários, ainda mais quando os efeitos são completamente superficiais.

Comentários: Obviamente eu ficaria com o visual do original, pois sou completamente apaixonada por esses efeitos de filme trash. Porém, os efeitos do remake são bons, e para quem gosta de efeito CG é um prato cheio. Aqui, é questão de gosto.

Pontos Extras para o Original

• A dança entre Jerry e Amy fortalece ainda mais o lado sedutor do vampiro, e é um marco na obra, que faltou no remake.


• A transformação de Amy foi, visualmente, bem mais interessante que no remake.

Pontos Extras para o Remake

• No remake, o primeiro beijo entre Jerry e Amy foi bem mais sensual, e até um pouco inovador, eu diria.

• Como o filme foi lançado como “Terrir” (terror e comédia), o remake ganha novamente. Lá, quase todos os personagens são cômicos, e a maioria das cenas te arrancam uma risada. Diferente do original, que foi um pouco falho nesse quesito.


• No remake vampiros não são afetados por crucifixos, o que, para mim, foi genial. Faz tempo que não vejo um filme ter essa astúcia (e coragem).


• O final do filme, no remake, foi extremamente superior ao original. Foi inteligente e inusitado, diferente do primeiro.

Essa Coca é Fanta...
Notas Finais
Apesar de uma ser “cópia” da outra, as duas obras são completamente diferentes, com realidades diferentes e épocas diferentes. Tanto o original, quanto o remake, são ótimos filmes, e criar uma disputa entre os dois seria uma total idiotice, afinal, cada um tem sua opinião e a maneira de formá-la.

Claro que o remake não irá se tornar um clássico do gênero, como o de 1985 fez. Tanto porque é um remake, e nenhum remake se tornou clássico (e creio que esse não será o primeiro), mas também, e principalmente, porque hoje em dia a maioria das pessoas são saudosistas. E, na cabeça delas, se é antigo é superior, e ponto final.

Porém, pela primeira vez na vida, eu prefiro o remake. Ele foi bem mais divertido (creio que a adição de humor negro foi a peça chave), com personagens mais interessantes (Peter Vincent é meio Jack Sparrow, meio Criss Angel) e com uma mitologia mais agradável. Mas, como eu disse anteriormente, gosto é gosto...

Então, depois que você assistir aos dois (ou um), não esqueça de compartilhar a sua opinião conosco!

Clique aqui para assistir ao original, ou aqui para assistir ao remake.

Lembrando que essa comparação é uma opinião pessoal. 

Um comentário:

  1. Prefiro infinitas vezes o primeiro!! É um clássico, o máximooo!!! Até tenho o dvd! Detestei o segundo, uma decepção!! Como você mesmo disse: gosto é gosto e cada um tem o seu!!

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